Selected Families and Individuals

Info. Históricas


Ana Joaquina Rosa

Registro de Óbito
Livro 2D, 1799-1804, fls 243. Desterro, Florianópolis, SC, Brasil - CAtedral


Manoel Jacintho de Medeiros

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil - período de 18/12/1884 a 18/04/1886, fls


Francisco Antonio de Ávila

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil - período de 18/12/1884 a 18/04/1886, fls 106


Donato de Ávila

REGISTRO DE ÓBITO
São José, SC, Brasil, Livro 3D, fls 36


Jorge Sebastião Lentz

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil - período de 18/12/1884 a 18/04/1886, fls 106v


Cap Ignacio Antonio Bento

Registro de Nascimento: 070414
Registro de Batismo em Florianópolis, Catedral, Livro 1802-1820, fls.199v, 07-05-1814.

REGISTRO DE CASAMENTO com Josefina Maria Carpes
Florianópolis, SC, Brasil, Livro 7, fls 83

Registro de Óbito Cartório de São José, livro C-2, fls 40, termo 118, 19-08-1891.

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HISTÓRIA:

Genealogia Carpes - Ignacio Antonio Bento
07-04-1814, nasceu Ignacio Antonio Bento na Ilha de Nossa Senhora do Desterro, atualmente Florianópolis, Capital de Santa Catarina.

07-05-1814, foi batizado pelo Tio-Avô, Felipe AGO de Carpes, o primeiro Carpes nascido no Brasil, na Igreja Matriz do Desterro, atual Catedral Metropolitana.



Foi o oitavo filho de Maria Joaquina Carpes e José Bento Rodrigues.
Era neto pelo lado materno de Cisnando Antonio de Carpes e Bisneto do avô de todos os Carpes brasileiros, Simão Pereira de Carpes.
O pai, José Bento Rodrigues, era conhecido como Zé Bento, o que explica o sobrenome Bento em três dos 14 filhos que registramos.
  
Quando Ignácio nasceu, seus ancestrais Carpes tinham as seguintes idades:
- Simão Pereira de Carpes, Bisavô - 73 anos - o avô de todos os Carpes brasileiros
- Cisnando Antonio de Carpes, Avô - 49 anos - o 2ð Carpes nascido no Brasil
- Maria Joaquina Carpes, Mãe - 26 anos - o primeiro neto de Simão.

19-08-1819, tinha 5 anos quando faleceu o bisavô Simão Pereira de Carpes, de 78 anos, cujo corpo foi encomendado e sepultado pela Venerável Ordem Terceira do Desterro, na recém inaugurada Igreja de São Francisco de Assis.

1823, tinha 9 anos, quando Desterro foi declarada a Capital da Província de Santa Catarina.

01-05-1833, tinha 19 anos, quando por uma resolução do Conselho do Governo, São José da Terra Firme era elevado à categoria de Vila, acontecendo sua instalação a 16 de maio do mesmo ano. Acredita-se que nesta época já se encontrava construída a atual Igreja Matriz.

03-05-1936, tinha 22 anos, quando São José, pelo Decreto Imperial nð 415, era elevada à condição de Cidade.

        23-10-1843, aos 29 anos, casou com a prima Josefina Maria de Carpes, que era sobrinha da sua mãe Maria Joaquina.


Josefina era filha de José Pereira Carpes, neta de Felipe AGO de Carpes, e bisneta de Simão Pereira de Carpes .
Não encontramos registros de filhos para esse casamento, no entanto, identificamos que Ignácio e Josefina moraram em São José da Terra Firme.

1844, aos 30 anos, na vigência do Casamento com Josefina, suspeitamos que Ignácio tenha tido uma filha, Luiza Ignacia Bento, fruto de um relacionamento com uma escrava.
Encontramos o registro de casamento de Luiza com o escravo liberto Miguel de Souza, na Cidade de São José, em 03/12/1884, cujo registro constou que era liberta de Ignácio Antonio Bento.

12-07-1845, aos 31 anos, perdeu o avô materno Cisnando Antonio de Carpes, o segundo Carpes nascido no Brasil, falecido aos 80 anos de idade e sepultado pela Venerável Ordem Terceira, no recém inaugurado Cemitério Público Municipal do Desterro, que ficava próximo da atual Ponte Hercílio Luz.

26-10-1845, aos 31 anos, presenciou a "visita a São José da Terra Firme, de Sua Majestade Imperial Dom Pedro II e sua esposa Dona Maria Tereza Cristina, Imperadores do Brasil. Nesta oportunidade a igreja matriz recebeu dos ilustres visitantes um significante auxílio financeiro (2.000$000 do Imperador e 1.000$000 da Imperatriz), destinado às obras da igreja matriz, que se encontrava em estado lastimável". Integrava a Comitiva Imperial nesta ocasião o então Bispo do Rio de Janeiro Dom Manoel do Monte Rodrigues Araújo, que por três vezes crismou naquela igreja matriz.

01-03-1846, tinha 32 anos, quando, devido à falta de conservação, "desabou a torre principal da Igreja Matriz, arrastando consigo parte da parede da frontaria e da parede do lado norte, ameaçando, assim, totalmente a segurança do restante do templo". O que sobrou da Igreja foi demolido, com exceção do Presbitério. Na reconstrução, foram efetuadas ampliações, com a construção das duas Capelas laterais, ornamentadas em estilo colonial português. Segundo o pesquisador Osni Antônio Machado, as dimensões e características da Igreja Matriz de hoje, são as mesmas constantes do projeto inicial.

1851, aos 37 anos, iniciou os trabalhos de Carpintaria da Capela do Nosso Senhor do Bom Fim, em companhia de João Nepumoceno da Silva Ramos.
A dita Capela foi construída nos anos de 1851 e 1852, e está localizada próxima da Igreja Matriz, na Praça de São José da Terra Firme.

09-11-1860, aos 46 anos, viuvou de Josefina, que faleceu aos quarenta e sete anos de idade, na cidade de São José.
Acreditamos que Josefina foi o primeiro Carpes sepultado no Jazigo da Família, no Cemitério Público Municipal de São José.

09-11-1861, aos 47 anos , Ignácio foi pai de um filho homem, falecido ao nascer. O menino foi sepultado como pagão, por não ter sido batizado em vida.
Não constou o nome da mãe no registro de sepultamento do recém nascido.

Em 1862, aos 48 anos, casou novamente e escolheu para esposa Balbina Constança de Medeiros, de 38 anos, filha de Francisco Pereira de Ávila e Felizarda Perpétua de Medeiros, moradores do Cubatão.
Não encontramos o registro de Casamento, mas certamente ocorreu em outra Paróquia, já que os filhos foram batizados como legítimos de Ignacio e Balbina.

Em 1863, aos 49 anos, nasceu a filha Maria Ignacia Bento.

Em 1865, aos 51 anos, nasceu Macario Bento de Carpes, o único filho que perpetuou sua descendência.
É possível que o nome dado ao filho Macario, tenha sido inspirado no Pároco de São José, Pe. Macário Cezar Alexandria Souza, que administrou a Paróquia de 1851 a 1862.
Quando Macario nasceu, o Brasil estava em Guerra com o Paraguai, e muitos Josefenses voluntários, seguiram para o campo de batalha que durou de 1864 a 1868.

18-12-1867, aos 53 anos, nasceu o filho Severiano Bento de Carpes, que faleceu bebê.



09-07-1869, aos 55 anos, nasceu o último filho , de nome João Bento de Carpes.


As filhas mulheres, Luiza Ignacia e Maria Ignacia, usaram o sobrenome Bento e os filhos homens receberam o sobrenome Carpes.

Macario e Balbina, viveram e moraram próximo da Praça de São José, na Rua do Fogo, atualmente Padre Cunha, com fundos para o mar.
Lá tiveram um comércio, um empório, onde vendiam secos e molhados. A casa ainda existia em 2002.

No decorrer da década de 1870, estando praticamente concluída a reforma e ampliação do templo, "foram executados os trabalhos de confecção dos altares, feitos em madeira, com obra de talha simples, mas de grande beleza e sumamente valorizados, por terem sido executados por artesão da própria comunidade, o mestre de carpinteiro Luís Henriques dos Santos Souza".

21-12-1874, aos 60 anos, viuvou de Balbina Constança de Medeiros, que faleceu aos cinqüenta anos de idade, deixando três filhos:
- Maria Ignacia Bento, com 11 anos;
- Macario Bento de Carpes, com 9 anos;
- João Bento de Carpes, com 5 anos.

Ao lermos a relação dos bens do casal, constante do inventário, constatamos que eram fortes comerciantes em São José; e que possuíam significativos bens imóveis para o padrão da época, tinham um armazém de secos e molhados e emprestavam dinheiro à juros, conforme extensa relação de devedores.

20-03-1875, aos 61 anos, faleceu o escravo Fernando, de 60 anos.
26-05-1875, aos 61 anos, assinou a Carta de Alforria, que libertou a escrava Claudiana, de 26 anos.

 

09-06-1875, aos 61 anos, partilhou os bens com os filhos , por ocasião do inventário motivado pela morte da esposa Balbina Constança de Medeiros.


 
08-02-1877, aos 62 anos, casou novamente e escolheu para esposa a Sra Ana Senhorinha de Souza, que não lhe deu filhos e com quem viveu até a sua morte em 1891.

19-04-1879, aos 65 anos, casou a filha Maria Ignacia, de 16 anos, com Ernesto Beistorff.
O casamento aconteceu pelas oito horas da manhã, na residência de Ignacio Antonio Bento.


12-07-1881, aos 67 anos, perdeu o filho João Bento de Carpes, que faleceu de febre aos doze anos de idade.        


01-12-1881, aos 67 anos, foi promovido ao Posto de Capitão da Guarda Nacional, nomeado pelo Presidente da Província de Santa Catarina (PGN 1870-1872, fls 162v).

02-09-1882, aos 68 anos, casou o filho Macário Bento de Carpes, de 17 anos, com Carolina de Assunção e Oliveira, prima em segundo grau de Macário, neta de Caetana Joaquina de Carpes, filha de Felipe Ago de Carpes, que foi o primeiro Carpes nascido no Brasil.


JORNAL DO COMÉRCIO - Desterro, 13 de outubro de 1882
(Cópia do exemplar pertencente a Biblioteca Pública de Florianópolis, SC)
     
"DECLARAÇÕES AO COMÉRCIO - Ignacio Antonio Bento, negociante e residente na cidade de São José, declara a esta praça que julga nada dever a pessoa alguma, quer na província, quer fora d'ella, e se alguém se considerar seu credor queira apresentar conta d'entro de trinta dias, que sendo legal, será prontamente satisfeita. Outrosim, pede aos seus devedores que se achão em atrazo, a virem saldar seus debitos. Cidade de São José, 06 de Outubro de 1882. - Ignacio Antonio Bento."

15-08-1883, aos 69 anos, foi avô pela primeira vez, e o seu neto foi chamado de Ignacio de Oliveira Carpes.

20-09-1884, aos 70 anos, assistiu o filho Macario ser promovido ao posto de Tenente da Terceira Companhia do Primeiro Batalhão de Infantaria da GUARDA NACIONAL da Comarca de São José/SC.

03-12-1884, aos 70 anos , Luiza Ignacia Bento, preta liberta, casa com a idade de 40 anos, com Miguel de Souza, preto liberto, regularizando o concubinato em que viviam, já que Miguel estava muito enfermo, conforme descrito no Registro de casamento.
Não encontramos batismos de filhos de Luiza e Miguel.

08-08-1886, aos 71 anos, acompanhou a vitória do filho Macário nas eleições para a vereança de São José da Terra Firme, para o período de 1887-1890.

20-01-1887, aos 72 anos, foi avô do segundo neto, Sebastião de Oliveira Carpes, falecido ainda bebê.

Entre 1880 a 1888, faleceu a filha Maria Ignacia, casada com Ernesto Bayrstorff. Não encontramos dados de filhos.

15-11-1889, tinha 75 anos, quando caiu o Império Império Brasileiro e Proclamada a República.

Dos cinco filhos legítimos que encontramos de Ignacio Antonio Bento, restou apenas Macário Bento de Carpes, que perpetuou a sua descendência.

19-08-1891, aos 77 anos, faleceu em São José da Terra Firme, Província de Santa Catarina, de moléstia interior, Ignacio Antonio Bento.
Foi sepultado no Cemitério Público Municipal de São José, em cujo túmulo (Jazigo da Família Carpes) descansam muitos dos seus descendentes.


Recém nascido Bento

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil - período de 11/08/1859 a 06/06/1863, fls 52v. Consta no Termo Recém Nacido Pagão. Nasceu 1 ano e dois dias depois da morte da primeira esposa Josefina.


Antonio Carpes

Morava no Estreito, conforme constou no termo de inhumação do filho João Pereira de Carpes, de 04-06-1878, do Cemitério Público de São José, SC, Brasil.
É possível que o seu nome seja Antonio Agostinho de Carpes e era Capitão, conforme foi descrito no sepultamento da inocente Maria, filha de escravo. (REGISTRO DE ÓBITO, conforme Registro de Sepultamento do extinto Cemitério do Morro do Vieira (1841-1925), Desterro, Florianópolis, SC, Brasil, Livro 5, de 1854-1858, registro 3986).


João Pereira de Carpes

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil, de 04/06/1878.
Livro de óbito de São José do ano 1876 a 1885, fls 17v
Faleceu de Paralizia.

O registro de óbito cita que era filha natural de Maria Hipolita, moradora do Estreito, localidade que pertencia ao município de São José, SC, Brasil.


Theotonio Sebastião Lentz

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Sepultamento do Cemitério Municipal de São José, SC, Brasil, Livro de 02/01/1912 a 02/01/1915, fls 14, termo 473.


Manoel José Rodrigues

REGISTRO DE ÓBITO
São José, SC, Brasil, Livro òbitos 4D, 1867-1870, fls 4v.


Natimorto Medeiros

REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, BRasil, Livro 1926-1929, fls 4, Termo 4052