REGISTRO DE BATISMO
REGISTRO DE CASAMENTO
REGISTRO DE ÓBITO
Termo de Inhumação do Cemitério Público de São José, SC, Brasil - período de 11/08/1859 a 06/06/1863, fls 15. Era morador Cubatão.
Felisarda Perpétua de Medeiros
REGISTRO DE BATISMO
REGISTRO DE CASAMENTO
REGISTRO DE ÓBITOAinda era viva quando o marido morreu em 13/11/1859.
REGISTRO DE BATISMO
Florianópolis, SC, Brasil, Catedral, Livro 1843-1848, fls 156. Com exceção de Simão Pereira de Carpes, os demais avós constam no registro de Batismo como ignorados.Alfredo Carpes, era filho de João Carpes e Joaquina de Jesus, conforme Certidão de Nascimento do filho Teotonio Carpes. É questionável o mesmo vínculo com João Carpes, nascido em 23/01/1846, filho de Henrique Pereira de Carpes, contudo, é a maior proximidade que dispomos até o momento.
Marcos Vinicius Carpes
Pesquisador
Em 03/09/2002
REGISTRO DE BATISMO
Paróquia de São José (Ponta Delgada), Açores, Portugal, Livro de registo de 1736-1741, fls. 175 vBilbioteca Publica e Arquivo...
Endereço(s) de correio eletrônico(s):
bpapd@mail.telepac.ptExmo. Senhor
Marcos Vinicius Carpes
Marcos.carpes@bol.com.brS/ Comunicação: 2002.04.17 e 2002.04.19
N/ Referência: 375e/02
Processo: 07.04
Data: 2002.04.24Assunto: Informações genealógicas
Em resposta aos email de V® Ex®., e a título excepcional, abaixo transcrevemos o registo de baptismo pretendido, actualizando a grafia para uma melhor compreensão:
“Simão, filho de Manuel Pacheco, sapateiro, natural da freguesia de N® Sra. das Candeias da Ilha de Santa Maria [sic*], e de sua mulher Francisca Xavier, natural desta freguesia, nasceu em vinte e três de Abril de mil setecentos e quarenta e um. Foi baptizado em trinta do dito mês e ano nesta igreja de São José, paroquial de seus pais por mim cura nela Manuel de Oliveira Carreiro. Foi padrinho Simão do Rego, casado e morador nesta freguesia e madrinha Margarida da Esperança, filha de Filipe Rodrigues e de sua mulher Teresa da Costa, morador nesta dita freguesia. Foram testemunhas o Reverendo Padre Tesoureiro nesta igreja Manuel Machado e o sineiro André da Silva que comigo assinaram. Era ut supra.
André da Silva, Cura Manuel de Oliveira Carreiro, Manuel Machado
Paróquia de São José (Ponta Delgada), Livro de registo de baptismos, 1736-1741, fls. 175 v.ð
Convém referir que detectámos um erro no assento acima transcrito, pois na ilha de Santa Maria só há 4 paróquias, e em nenhuma o orago é N® Sra. das Candeias (N® Sra. da Assunção; Santa Bárbara; São Pedro; Santo Espírito). No entanto, aqui, na ilha de São Miguel, na paróquia da Candelária o orago é N® Sra. das Candeias. Somente o assento de casamento de Manuel Pacheco com Francisca Xavier é que nos poderá esclarecer essa dúvida.
Com os melhores cumprimentos.
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
PPM/RFROBS. E-Mail recebido em 26 Abril 2002
REGISTRO DE CASAMENTO
- Com Lusia da Conceição Machado - 1762; FALTA TRANSLADO
- Com Ana Maria do Nascimento, Florianópolis, Catedral, Livro 03, 1779-1798, fls 179, em 01-10-1794;
- Com Josefa Rosa, Florianópolis, Catedral, livro 1798-1809, fls 69v, 10-10-1801.REGISTRO DE ÓBITO
Florianópolis, Catedral, Livro 6d, 1816-1830, as fls 44v, 14-08-1819. O registro revela que fora Sepultado pela Ordem Terceira, provavelmente no Adro (ao seu redor) Igreja, pois nessa época já não mais permitido sepultamentos no interior do Templo. Desterro ainda não tinha Cemitério Público, que foi inaugurado alguns anos depois da sua morte.*****************************************************************************************
Irmãos da Venerável Ordem Terceira, que conviveram com Simão Pereira de Carpes
- José Pereira e Francisca Antonia
- Miguel Francisco de Magalhães e Maria Laureano Souza Correia
- Manuel Fernandes de Aguiar e Apollonia Maria
- Antonia de Jesus
- Antam Lourenço Rebolo e Rosa da Conceição
- Joaquim Francisco Silveira de S.
- Caetano Silveira de Matos e Catharina de Jesus
- Bernardo José de Oliveira e Magdalena Ignacia
- Antonio Nunes e Maria Tereza da Conceição
- Manoel Fernandes Lemos e Catharia de Jesus
sSimão Pereira de Carpes
O INÍCIO DA FAMÍLIA CARPES NO BRASILSimão Pereira de Carpes
Da Imigração
Atendendo ao pedido das populações da Ilhas do Arquipélago dos Açores e de acordo com os estudos efetuados pelo Conselho Ultramarino, houve por bem D.João V determinar se procedesse o alistamento daqueles que desejavam "passar a América".
E Foi expedido a todas as Ilhas dos Açores o Edital Real, e o Alistamento teve início em 20 de fevereiro de 1746.
Naquele ano, a Ilha de São Miguel, terra natal do nosso ancestral, era composta de 6 Cidades e Vilas, com 21 lugares e 33 Paróquias. Existiam 12.936 habitações e sua população era de 46.415 pessoas, 39.297 maiores e 7.118 menores.
Em 1747, na dita Ilha, alistaram-se 63 casais, que somados aos parentes, resultaram em 328 pessoas.
Na Cidade de Ponta Delgada, alistaram-se 47 casais, que resultaram em 257 pessoas.
Os transportes das Ilhas para Santa Catarina se deram de 1748 a 1756.
Do Ancestral
Florianópolis, Terra de Sol e Mar, Ilha da Magia, da Bela e Santa Catarina, acolheu o primeiro Carpes por volta de 1756, quando ainda era chamada VILA DO DESTERRO.
Pelo que se tem conhecimento é o avô de todos os Carpes existentes no Brasil
Simão Pereira de Carpes, nasceu em 23 ABR 1741, e foi batizado no dia 30 do mesmo mês na Freguesia de São José, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal (Paróquia de São José,Ponta Delgada,Livro de Registro de batismos, 1736-1741, fls. 175v).
Acredito que o pré-nome tenha sido em homenagem ao padrinho SIMÃO do Rego. A madrinha Margarida da Esperança, era filha de Filipe Rodrigues, e por coincidência ou não, o primeiro filho de Simão chamou-se Felipe.
Era filho do Sapateiro Manoel Pacheco, natural da Freguesia da Nossa Senhora das Candeias, paróquia da Candelária ( Veja!) e de Francisca Xavier, natural da Freguesia de São José, ambas freguesias da Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.
Era neto pelo lado paterno de Manoel Pacheco e de Ursula Paula de Vasconcellos, naturais da Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.
Na época do alistamento, Simão tinha 6 anos e no ano que findaram os transportes (1756), tinha 15 anos, do que se conclui que o pai não tinha mais do que 40 e a mãe mais do que 30 anos, para que estivessem enquadrados nas condições do Edital Real.
As pessoas que imigraram com idade superior a da estabelecida, eram sogros e sogras dos casais alistados.
Manoel Pacheco e Francisca Xavier, tinham também um outro filho, de nome Francisco Pacheco. Ainda não conseguimos identificar se ele era mais novo ou mais velho do que Simão. Identificamos, no entanto, que Francisco manteve o sobrenome Pacheco em todos os filhos batizados na Ilha de Santa Catarina.
Não sabemos o que inspirou Simão a adotar o sobrenome Carpes, muito embora ainda não tenhamos identificado o nome de nenhum ascendente da sua mãe Francisca Xavier.
Na vigência do Primeiro Casamento
O primeiro registro de que o nosso ancestral Simão Pereira de Carpes morava na Ilha de Santa Catarina, foi quando batizou o primeiro filho em 1763, chamando-o de Felipe Ago de Carpes. Esse registro de batismo, como os dos demais filhos, continham informações riquíssimas a respeito dos ascendentes diretos.
Naquele ano, Simão estava com 22 anos e já era casado com Luzia da Conceição Machado, nascida por volta de 1744 na Freguesia de Santa Bárbara, Ilha Terceira, Açores Portugal. Não encontramos o registro de casamento no Livro correspondente da Matriz do Desterro. As demais Freguesias da Ilha de Santa Catarina não possuem arquivos de casamentos anteriores a 1763.
No domingo de 27/07/1766, Simão e Luzia foram novamente à Igreja de Nossa Senhora do Desterro, atual Catedral Metropolitana, e solicitaram ao Pároco Marcelino de Souza Abreu, que procedesse o batismo do segundo filho, que recebera o nome de Cisnando Antonio de Carpes, do qual somos descendentes.
Em 12/10/1767, Simão e Luzia conduziram à Pia Batismal os filhos João Pereira de Carpes e José Carpes;
Em 1768, Henrique Carpes;
Em 1769, Duarte Carpes;
Em 1771, Ignacio Carpes.
E por volta de 1775, Escolástica Joaquina de Carpes.
Só encontramos descendentes dos três primeiros filhos, Felipe, Cisnando e João.
Felipe e Cisnando foram militares, oficiais da Guarda Nacional, casaram no mesmo dia, em 07 Outubro de 1787, com as irmãs Anastácia e Perpetua Roza do Sacramento, filhas dos portugueses Matheos Vas da Rocha e Roza do Sacramento Taques, naturais da Freguesia de Santa Beatris, Ilha Terceira, Açores, Portugal.
O terceiro filho, João Pereira de Carpes, casou com Maria Angélica de Oliveira, natural de Lages, SC, Brasil. Ainda não localizamos a data e o local do casamento, mas que provavelmente ocorrera em Lages/SC, onde os dois primeiros filhos foram batizados. O terceiro filho de João, de nome Manoel, foi batizado em Cachoeira do Sul, RS, Brasil, onde fixou residência e criou raízes.
Em 1778, Simão Pereira de Carpes estava Sargento-Mor (ou Major) de Granadeiros, no Regimento de Infantaria de Linha da Ilha de Santa Catarina.
Moradores do Desterro, Simão e Luzia, eram membros atuantes da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que é a mais antiga das confrarias religiosas criadas na Ilha de Santa Catarina.
Luzia da Conceição Machado, faleceu em 07/07/1794, quando tinha aproximadamente cinqüenta anos de idade. O seu corpo foi encomendado e sepultado pela Ordem Terceira.
Numa entrevista em 11 ABR 2002, com o Padre José Artolino Benzem, vinculado a Arquidiocese de Florianópolis, os membros da Ordem Terceira, compostos de Casais Leigos, no período que compreendia o século XVIII e início do século XIX, eram sepultados no interior da Igreja onde funcionava a Ordem.
Segundo o Historiador catarinense Oswaldo Rodrigues Cabral, em sua edição de 1945 sobre A Venerável Ordem Terceira, o sepultamos dos irmãos terceiros, compreendidos entre 1792 a 1815, deram-se no interior da Capela da Ordem. Que quando da mudança em 1815 para a nova igreja, vieram também os ossos dos irmãos defuntos, e logo se iniciaram as obras para a construção das Catacumbas á frente da igreja (1817),, muito embora ocorrera ainda muitos enterramentos no interior do templo, bem como no Adro.
Do Segundo Casamento
Simão Pereira de Carpes, casou novamente em 01/10/1794, com a Portuguesa Ana Maria do Nascimento.
Ana era viúva de Silvestre Soares, tinha cinqüenta e quatro anos e era natural da Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, Portugal.
Em 08/05/1800, Ana Maria do Nascimento, faleceu na Vila do Desterro, aos sessenta anos de idade.
Do Terceiro Casamento
Viúvo pela segunda vez, casou com Josefa Rosa, no sábado de 10/10/1801, na Igreja Matriz do Desterro, atualmente Catedral Metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.
Josefa era filha de Pedro Machado Ferreira e de Florência Maria, brasileiros naturais de São José da Terra Firme.
A partir de então, Simão se mudou da Vila do Desterro para a Vila de São José, onde fixou residência.
Os registros de Batismo de 1801 a 1803, da Paróquia de São José, foram perdidos; Acreditamos que o primeiro filho de Simão e Josefa, Henrique Pereira de Carpes, tenha nascido nesse período.
Em 30/01/1804, Simão e Josefa dirigiram-se a Igreja Matriz de São José da Terra Firme, e batizaram a filha Maria Carpes, nascida em 24/01/1804, na mesma freguesia.
Em 10/09/1805, nasceu Ignacia Carpes, que foi batizada 08 dias após o nascimento.
Em 07/09/1807, nasceu Felizardo Pereira de Carpes e foi batizado em 20 de setembro do mesmo ano.
Não encontramos o registro de batismo do quinto filho de Simão e Josefa, Hipolito Pereira de Carpes, que ocorreu por volta de 1816.
Só encontramos descendentes dos filhos Henrique Pereira de Carpes e Hipolito Pereira de Carpes.
Em 14 de agosto de 1819, Simão Pereira de Carpes faleceu em Santa Catarina, na Vila de São José da Terra Firme. Seu corpo foi encomendado e sepultado pela Ordem Terceira, na Vila do Desterro. Nesta época a Venerável Ordem Terceira já tinha Igreja própria, inaugurada em 1815 na rua Felipe Schmidt (Igreja de São Francisco). Ainda não sabemos se Simão foi sepultado no interior do Templo ou no Adro.
Registros de CARPES antes de Simão
Em data anterior ao nascimento de Simão Pereira de Carpes, 1741, constatamos registros de Carpes na França, Inglaterra, Alemanha, Prússia e México.
Marcos Vinicius Carpes
Pesquisador
marcos.carpes@bol.com.br
JOSEFINA ROSA DA CONCEIÇÃO
Constou no registro dos netos João e Francisco, filhos de Henrique Pereira CarpesJOSEFA ROSA DA CONCEIÇÃO
Constou no registro de batismo dos netos Ignacio e maria, filhos de Hypólito Pereira de Carpes.
REGISTRO DE BATISMO
São José, SC, Brasil, Livro 3A, 1803-1806, fls 45
REGISTRO DE BATISMO
São José, Sc, Brasil, Livro 7, 1845-1848, fls 20v e 21
REGISTRO DE BATISMO
Paróquia de São José (Ponta Delgada), Açores, Portugal, Livro de registo de 1736-1741, fls. 175 vBilbioteca Publica e Arquivo...
Endereço(s) de correio eletrônico(s):
bpapd@mail.telepac.ptExmo. Senhor
Marcos Vinicius Carpes
Marcos.carpes@bol.com.brS/ Comunicação: 2002.04.17 e 2002.04.19
N/ Referência: 375e/02
Processo: 07.04
Data: 2002.04.24Assunto: Informações genealógicas
Em resposta aos email de V® Ex®., e a título excepcional, abaixo transcrevemos o registo de baptismo pretendido, actualizando a grafia para uma melhor compreensão:
“Simão, filho de Manuel Pacheco, sapateiro, natural da freguesia de N® Sra. das Candeias da Ilha de Santa Maria [sic*], e de sua mulher Francisca Xavier, natural desta freguesia, nasceu em vinte e três de Abril de mil setecentos e quarenta e um. Foi baptizado em trinta do dito mês e ano nesta igreja de São José, paroquial de seus pais por mim cura nela Manuel de Oliveira Carreiro. Foi padrinho Simão do Rego, casado e morador nesta freguesia e madrinha Margarida da Esperança, filha de Filipe Rodrigues e de sua mulher Teresa da Costa, morador nesta dita freguesia. Foram testemunhas o Reverendo Padre Tesoureiro nesta igreja Manuel Machado e o sineiro André da Silva que comigo assinaram. Era ut supra.
André da Silva, Cura Manuel de Oliveira Carreiro, Manuel Machado
Paróquia de São José (Ponta Delgada), Livro de registo de baptismos, 1736-1741, fls. 175 v.ð
Convém referir que detectámos um erro no assento acima transcrito, pois na ilha de Santa Maria só há 4 paróquias, e em nenhuma o orago é N® Sra. das Candeias (N® Sra. da Assunção; Santa Bárbara; São Pedro; Santo Espírito). No entanto, aqui, na ilha de São Miguel, na paróquia da Candelária o orago é N® Sra. das Candeias. Somente o assento de casamento de Manuel Pacheco com Francisca Xavier é que nos poderá esclarecer essa dúvida.
Com os melhores cumprimentos.
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
PPM/RFROBS. E-Mail recebido em 26 Abril 2002
REGISTRO DE CASAMENTO
- Com Lusia da Conceição Machado - 1762; FALTA TRANSLADO
- Com Ana Maria do Nascimento, Florianópolis, Catedral, Livro 03, 1779-1798, fls 179, em 01-10-1794;
- Com Josefa Rosa, Florianópolis, Catedral, livro 1798-1809, fls 69v, 10-10-1801.REGISTRO DE ÓBITO
Florianópolis, Catedral, Livro 6d, 1816-1830, as fls 44v, 14-08-1819. O registro revela que fora Sepultado pela Ordem Terceira, provavelmente no Adro (ao seu redor) Igreja, pois nessa época já não mais permitido sepultamentos no interior do Templo. Desterro ainda não tinha Cemitério Público, que foi inaugurado alguns anos depois da sua morte.*****************************************************************************************
Irmãos da Venerável Ordem Terceira, que conviveram com Simão Pereira de Carpes
- José Pereira e Francisca Antonia
- Miguel Francisco de Magalhães e Maria Laureano Souza Correia
- Manuel Fernandes de Aguiar e Apollonia Maria
- Antonia de Jesus
- Antam Lourenço Rebolo e Rosa da Conceição
- Joaquim Francisco Silveira de S.
- Caetano Silveira de Matos e Catharina de Jesus
- Bernardo José de Oliveira e Magdalena Ignacia
- Antonio Nunes e Maria Tereza da Conceição
- Manoel Fernandes Lemos e Catharia de Jesus
sSimão Pereira de Carpes
O INÍCIO DA FAMÍLIA CARPES NO BRASILSimão Pereira de Carpes
Da Imigração
Atendendo ao pedido das populações da Ilhas do Arquipélago dos Açores e de acordo com os estudos efetuados pelo Conselho Ultramarino, houve por bem D.João V determinar se procedesse o alistamento daqueles que desejavam "passar a América".
E Foi expedido a todas as Ilhas dos Açores o Edital Real, e o Alistamento teve início em 20 de fevereiro de 1746.
Naquele ano, a Ilha de São Miguel, terra natal do nosso ancestral, era composta de 6 Cidades e Vilas, com 21 lugares e 33 Paróquias. Existiam 12.936 habitações e sua população era de 46.415 pessoas, 39.297 maiores e 7.118 menores.
Em 1747, na dita Ilha, alistaram-se 63 casais, que somados aos parentes, resultaram em 328 pessoas.
Na Cidade de Ponta Delgada, alistaram-se 47 casais, que resultaram em 257 pessoas.
Os transportes das Ilhas para Santa Catarina se deram de 1748 a 1756.
Do Ancestral
Florianópolis, Terra de Sol e Mar, Ilha da Magia, da Bela e Santa Catarina, acolheu o primeiro Carpes por volta de 1756, quando ainda era chamada VILA DO DESTERRO.
Pelo que se tem conhecimento é o avô de todos os Carpes existentes no Brasil
Simão Pereira de Carpes, nasceu em 23 ABR 1741, e foi batizado no dia 30 do mesmo mês na Freguesia de São José, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal (Paróquia de São José,Ponta Delgada,Livro de Registro de batismos, 1736-1741, fls. 175v).
Acredito que o pré-nome tenha sido em homenagem ao padrinho SIMÃO do Rego. A madrinha Margarida da Esperança, era filha de Filipe Rodrigues, e por coincidência ou não, o primeiro filho de Simão chamou-se Felipe.
Era filho do Sapateiro Manoel Pacheco, natural da Freguesia da Nossa Senhora das Candeias, paróquia da Candelária ( Veja!) e de Francisca Xavier, natural da Freguesia de São José, ambas freguesias da Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.
Era neto pelo lado paterno de Manoel Pacheco e de Ursula Paula de Vasconcellos, naturais da Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.
Na época do alistamento, Simão tinha 6 anos e no ano que findaram os transportes (1756), tinha 15 anos, do que se conclui que o pai não tinha mais do que 40 e a mãe mais do que 30 anos, para que estivessem enquadrados nas condições do Edital Real.
As pessoas que imigraram com idade superior a da estabelecida, eram sogros e sogras dos casais alistados.
Manoel Pacheco e Francisca Xavier, tinham também um outro filho, de nome Francisco Pacheco. Ainda não conseguimos identificar se ele era mais novo ou mais velho do que Simão. Identificamos, no entanto, que Francisco manteve o sobrenome Pacheco em todos os filhos batizados na Ilha de Santa Catarina.
Não sabemos o que inspirou Simão a adotar o sobrenome Carpes, muito embora ainda não tenhamos identificado o nome de nenhum ascendente da sua mãe Francisca Xavier.
Na vigência do Primeiro Casamento
O primeiro registro de que o nosso ancestral Simão Pereira de Carpes morava na Ilha de Santa Catarina, foi quando batizou o primeiro filho em 1763, chamando-o de Felipe Ago de Carpes. Esse registro de batismo, como os dos demais filhos, continham informações riquíssimas a respeito dos ascendentes diretos.
Naquele ano, Simão estava com 22 anos e já era casado com Luzia da Conceição Machado, nascida por volta de 1744 na Freguesia de Santa Bárbara, Ilha Terceira, Açores Portugal. Não encontramos o registro de casamento no Livro correspondente da Matriz do Desterro. As demais Freguesias da Ilha de Santa Catarina não possuem arquivos de casamentos anteriores a 1763.
No domingo de 27/07/1766, Simão e Luzia foram novamente à Igreja de Nossa Senhora do Desterro, atual Catedral Metropolitana, e solicitaram ao Pároco Marcelino de Souza Abreu, que procedesse o batismo do segundo filho, que recebera o nome de Cisnando Antonio de Carpes, do qual somos descendentes.
Em 12/10/1767, Simão e Luzia conduziram à Pia Batismal os filhos João Pereira de Carpes e José Carpes;
Em 1768, Henrique Carpes;
Em 1769, Duarte Carpes;
Em 1771, Ignacio Carpes.
E por volta de 1775, Escolástica Joaquina de Carpes.
Só encontramos descendentes dos três primeiros filhos, Felipe, Cisnando e João.
Felipe e Cisnando foram militares, oficiais da Guarda Nacional, casaram no mesmo dia, em 07 Outubro de 1787, com as irmãs Anastácia e Perpetua Roza do Sacramento, filhas dos portugueses Matheos Vas da Rocha e Roza do Sacramento Taques, naturais da Freguesia de Santa Beatris, Ilha Terceira, Açores, Portugal.
O terceiro filho, João Pereira de Carpes, casou com Maria Angélica de Oliveira, natural de Lages, SC, Brasil. Ainda não localizamos a data e o local do casamento, mas que provavelmente ocorrera em Lages/SC, onde os dois primeiros filhos foram batizados. O terceiro filho de João, de nome Manoel, foi batizado em Cachoeira do Sul, RS, Brasil, onde fixou residência e criou raízes.
Em 1778, Simão Pereira de Carpes estava Sargento-Mor (ou Major) de Granadeiros, no Regimento de Infantaria de Linha da Ilha de Santa Catarina.
Moradores do Desterro, Simão e Luzia, eram membros atuantes da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que é a mais antiga das confrarias religiosas criadas na Ilha de Santa Catarina.
Luzia da Conceição Machado, faleceu em 07/07/1794, quando tinha aproximadamente cinqüenta anos de idade. O seu corpo foi encomendado e sepultado pela Ordem Terceira.
Numa entrevista em 11 ABR 2002, com o Padre José Artolino Benzem, vinculado a Arquidiocese de Florianópolis, os membros da Ordem Terceira, compostos de Casais Leigos, no período que compreendia o século XVIII e início do século XIX, eram sepultados no interior da Igreja onde funcionava a Ordem.
Segundo o Historiador catarinense Oswaldo Rodrigues Cabral, em sua edição de 1945 sobre A Venerável Ordem Terceira, o sepultamos dos irmãos terceiros, compreendidos entre 1792 a 1815, deram-se no interior da Capela da Ordem. Que quando da mudança em 1815 para a nova igreja, vieram também os ossos dos irmãos defuntos, e logo se iniciaram as obras para a construção das Catacumbas á frente da igreja (1817),, muito embora ocorrera ainda muitos enterramentos no interior do templo, bem como no Adro.
Do Segundo Casamento
Simão Pereira de Carpes, casou novamente em 01/10/1794, com a Portuguesa Ana Maria do Nascimento.
Ana era viúva de Silvestre Soares, tinha cinqüenta e quatro anos e era natural da Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, Portugal.
Em 08/05/1800, Ana Maria do Nascimento, faleceu na Vila do Desterro, aos sessenta anos de idade.
Do Terceiro Casamento
Viúvo pela segunda vez, casou com Josefa Rosa, no sábado de 10/10/1801, na Igreja Matriz do Desterro, atualmente Catedral Metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.
Josefa era filha de Pedro Machado Ferreira e de Florência Maria, brasileiros naturais de São José da Terra Firme.
A partir de então, Simão se mudou da Vila do Desterro para a Vila de São José, onde fixou residência.
Os registros de Batismo de 1801 a 1803, da Paróquia de São José, foram perdidos; Acreditamos que o primeiro filho de Simão e Josefa, Henrique Pereira de Carpes, tenha nascido nesse período.
Em 30/01/1804, Simão e Josefa dirigiram-se a Igreja Matriz de São José da Terra Firme, e batizaram a filha Maria Carpes, nascida em 24/01/1804, na mesma freguesia.
Em 10/09/1805, nasceu Ignacia Carpes, que foi batizada 08 dias após o nascimento.
Em 07/09/1807, nasceu Felizardo Pereira de Carpes e foi batizado em 20 de setembro do mesmo ano.
Não encontramos o registro de batismo do quinto filho de Simão e Josefa, Hipolito Pereira de Carpes, que ocorreu por volta de 1816.
Só encontramos descendentes dos filhos Henrique Pereira de Carpes e Hipolito Pereira de Carpes.
Em 14 de agosto de 1819, Simão Pereira de Carpes faleceu em Santa Catarina, na Vila de São José da Terra Firme. Seu corpo foi encomendado e sepultado pela Ordem Terceira, na Vila do Desterro. Nesta época a Venerável Ordem Terceira já tinha Igreja própria, inaugurada em 1815 na rua Felipe Schmidt (Igreja de São Francisco). Ainda não sabemos se Simão foi sepultado no interior do Templo ou no Adro.
Registros de CARPES antes de Simão
Em data anterior ao nascimento de Simão Pereira de Carpes, 1741, constatamos registros de Carpes na França, Inglaterra, Alemanha, Prússia e México.
Marcos Vinicius Carpes
Pesquisador
marcos.carpes@bol.com.br
REGISTRO DE ÓBITO
Florianópolis, SC, Livro 2D, 1799-1804, fls 174.
No registro de batismo da neta Maria, filha de Josefa e Simão, constou que a sua naturalidade da Ilha Terceira.
Constou no livro "São José 254 anos - Em busca das Raízes", de Vilson Francisco de Farias, edição de 2004, fl 147.